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terça-feira, 13 de abril de 2010

Diário Gaúcho publica reportagem sobre Gauchão Feminino

O Diário Gaúcho, um dos jornais mais lidos da Grande Porto Alegre, publicou hoje (13 de abril) uma matéria sobre o Campeonato Gaúcho de Futebol Feminino. Além de divulgar os resultados da 1ª rodada da chave A, o espaço "Várzea Futebol Clube" forneceu a composição dos grupos e entrevistou jogadoras, técnicos, dirigentes e organizadores. Embora com pequenas incorreções, o texto destacou a garra das jogadoras que fazem o futebol feminino gaúcho. A seguir, a íntegra da matéria como foi publicada na versão digital do periódico (a versão impressa é diferente):

A luta das meninas na várzea gaúcha

Se a várzea é a margem do futebol profissional, o futebol amador feminino pode ser considerado uma atividade praticada por guerreiras. Sem um campeonato oficial, com apoio das entidades que regulamentam o esporte no Estado, as meninas apaixonadas pelo futebol se esforçam para manter em pé os poucos campeonatos existentes.
O maior deles é o Estadual Feminino, que teve o seu calendário confirmado na última semana. Como não existe um campeonato profissional, times amadores, geralmente de comunidades, se misturam a grupos de meninas que vestem a camisa de tradicionais clubes do Estado, como Rio Grande, Ijuí e Porto Alegre. A competição começa em maio e contará com 15 equipes.
Segundo Carlos Alberto de Souza, o Neco, organizador da competição, há cerca de 40 times femininos bem estruturados no Rio Grande do Sul. Para ele, a missão de se manter atuante é muito mais árdua para as meninas.
— É claro que elas passam por discriminação, até mesmo nos uniformes que vestem, desenhados para dar conforto aos homens. Mas aos pouquinhos vamos mudando isso e consolidando torneios cada vez mais fortes — explica.
O Estadual feminino conta com o auxílio da Federação Gaúcha de Futebol, mas o órgão não se responsabiliza pelo torneio. Na primeira fase, as equipes serão divididas em cinco grupos de três equipes. Cada time sedia uma rodada. Passam para a fase seguinte as duas melhores colocadas. Depois disso, as gurias se enfrentam jogos eliminatórios até a grande final, marcada para novembro.
Vice-campeão do ano passado, após perder a final para o Torrense, de Torres, o Esporte Clube Black Show, de Guaíba, quer mais.
— Temos um trabalho árdua de mais de 10 anos com essas meninas. Prefiro trabalhar com elas do que com os marmanjos, porque além de mais atenciosas, temos o desafio de ensinar todos os fundamentos. Elas são verdadeiras guerreiras — conta Nilton Santos de Ataíde, técnico do Black Show.
Não dá para esconder que o desânimo está sempre à espreita das gurias. Porém, segundo a meia-atacante da equipe guaibense, Jéssica Lopes de Souza, 25 anos, nenhuma delas deixa de sonhar com uma estrutura melhor para o futebol feminino no Estado.
— É muito difícil encontrar um campeonato organizado para jogar. Não tem grana e muitas vezes quem gasta somos nós. Mas não podemos desistir porque somos as representantes do futebol feminino. Se alguém tem que seguir lutando, que sejamos nós — finaliza.

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