Lá se vão mais de 30 anos desde que Elizabette Amorim, a Betty, ensaiou suas primeiras jogadas no futebol nas canchas da Vila Ferroviária em Santa Maria. O incentivador foi seu pai, que na época era jogador profissional do Riograndense, na mesma cidade.
Nos anos 80, Betty faria história como atleta do Sport Club Internacional, tornando-se uma das principais protagonistas da conquista de dois Campeonatos Gaúchos de futebol feminino. Encerrada a carreira de jogadora, Betty continuou ligada ao esporte, atuando como técnica, auxiliar técnica e preparadora física em categorias de base e equipes profissionais. Demonstrando mais uma vez seu pioneirismo, Elizabeth Amorim comandou equipes masculinas.
Hoje, trabalha junto à prefeitura em projetos de inserção social através do esporte, na periferia da capital gaúcha. Na sua casa no bairro Cavalhada em Porto Alegre, entre recortes de jornais e fotografias, Betty relembrou para a Futebol Feminino em Revista alguns de seus grandes momentos.
O começo
“Eu comecei mesmo no futebol de salão. Na época não existia equipes femininas de futebol de campo. Então através do futsal, começamos a nos organizar para jogar futebol de campo. Era início dos anos 80.”
Campeã no Internacional
“Fui para o Internacional em 1981. Fomos nós que tomamos a iniciativa de organizar uma equipe feminina, porque o Inter tinha vários departamentos de outros esportes. Joguei os campeonatos gaúchos de 1982 e 83. Fomos bicampeãs e fiz dois gols em uma das finais atuando como meia-esquerda.
Na Casamata
“Parei de jogar em 1989 e cursei Educação Física. Comecei como preparadora física nas categorias de base masculinas do Inter. Depois, fui treinadora na S.E.R. Cidreira que jogava a Terceira Divisão do Gaúcho. Então voltei para o Inter, como treinadora nas categorias de base.”
Fora do Rio Grande
“Em meados dos anos 90, fiquei seis meses fazendo estágio no Corinthians e trabalhei também no Figueirense. Em 1999 e 2000, fui auxiliar técnica de Guilherme Macuglia no Santo Ângelo.”
O Futebol Feminino Atual
“Tenho acompanhado os jogos das meninas em São Paulo, pela televisão. Acho que tem evoluído bastante, principalmente no aspecto tático.”
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